O painel de instrumentos para carregar baterias

Certo dia pensei que seria interessante possuir algo integrado e interligado eletricamente para facilitar a carga de baterias. Sabe aquele monte de fio para ligar a fonte na tomada e depois na fonte ligar o carregador? Fora que você pode querer ainda alguma monitoração no caminho. Então decidi juntar tudo e instalar em uma caixa com um painel bacana. O resultado ficou sensacional e super prático. Volta e meia me deparo com necessidade de carregar baterias de 12 Volts e outras células de baterias LIPO.

O conjunto todo funciona assim. Existe uma tomada no painel onde entra a rede elétrica, no meu caso 127 Volts. A primeira coisa no circuito é uma chave que liga e desliga todo o circuito. Então existe um mostrador digital de tensão e corrente consumida pelo circuito.

É possível também carregar esse tipo de bateria
É possível também carregar esse tipo de bateria

Após essa etapa tem uma fonte chaveada com capacidade de 30 A x 12 Volts. A saída da fonte é entregue ao carregador e monitorada por um outro instrumento que oferece a leitura também da tensão e corrente consumidas.

Posso dizer que ficou muito prático de ser usado. Instalei também um local para acomodar fisicamente as baterias durante a carga. Como faço uso de baterias LIPO prefiro usar um carregador microprocessado com painel digital.

Assim sendo, esse carregador em si, foi algo que eu não construí.
No vídeo você pode ver todos os detalhes da instalação. Eu coloquei em uma caixa de ferramentas. Dessa forma posso levar para outros lugares. E eu até levo. Essa caixa eu uso também para aeromodelismo e a levo comigo nos voos.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Novos mostradores digitais para medir tensões

Essa é uma dica ótima. Se eu estivesse escrevendo isso há 25 anos, nossa, você não imagina o trabalho que daria. Há anos atrás teríamos que montar o nosso mostrador digital usando C.I.s e display de segmentos, por exemplo. Mas hoje podemos comprar já pronto e dedicar a atenção para as outras partes mais importantes do projeto.

Você encontra no mercado vários tipos de mostradores digitais. Alguns medem só tensão. Outros medem tensão e corrente. Uns tem acabamento para instalar no painel e outros não.

Enfim, os mostradores de tensão são muito simples de usar. Em geral, possuem 2 fios. Basta observar o positivo e negativo e ligar diretamente a bateria a ser medida ou outra fonte de tensão.
Existem mostradores que podem medir CA e outros medem somente CC. No vídeo abaixo falo especificamente dos mostradores de tensão CC.

Painel de instrumentos para bancada eletrônica
Painel de instrumentos para bancada eletrônica

Esses modelos conseguem acusar até cerca de 30 Volts. Veja que não podemos garantir uma que tenham grande precisão. No vídeo abaixo você pode ver que medi com 2 modelos diferentes e a tensão mostrada não foi a mesma. Mas é claro que a diferença entre a tensão real e a mostrada deveria ser pouca, da ordem no máximo 0,5 Volts. Leve isso em consideração na sua montagem.

Eles são muito legais para fontes de tensão variáveis, pois não precisamos ficar utilizando o multímetro para identificar que tensão está ajustada na fonte.

Bom é isso. Veja mais detalhes no vídeo.

 

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Aprenda agora como funciona o controle de tonalidade de uma guitarra

Os capacitores são componente com uma série de particularidades. Entre elas, podemos citar que eles criam certa imposição a passagem da corrente elétrica em um circuito de corrente alternada. Essa “resistência” varia de acordo com o valor do componente e também da frequência da corrente. Tudo isso pode ser calculado através de uma simples fórmula.

Visto isso, podemos utilizar capacitores para construirmos filtros. O controle de tonalidade da guitarra é um tipo de filtro. A intenção é fazer com que parte do sinal que corresponde aos agudos (maior frequência) deixe de chegar até o amplificador. O componente responsável por fazer a dosagem é o potenciômetro. Um potenciômetro do tipo linear faz esse papel.

Quanto ao capacitor, o seu valor pode variar. De acordo com o valor juntamente com a fórmula e as frequências passantes, diferente o resultado será.

Aspecto de um capacitor. Esse é eletrolítico. No controle de tonalidade é usado um do tipo poliéster
Aspecto de um capacitor. Esse é eletrolítico. No controle de tonalidade é usado um do tipo poliéster

Eu tenho um experimento bem simples que mostra exatamente como funciona o controle de tonalidade da guitarra onde o capacitor e o potenciômetro atuam juntos.

O nome técnico dessa função do capacitor se opor a passagem dos sinais alternados de acordo com as frequências, se chama reatância capacitiva.
Enfim, dê uma assistida no vídeo e deixe seu comentário por lá.

 

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Você pode montar um amp para fone de ouvido

Por vezes queremos tocar nossa guitarra ou baixo tarde da noite. Mas como fazer isso sem incomodar as pessoas que moram conosco ou até os vizinhos? Para isso algumas pessoas montam pequenos circuitos que permitem ligar diretamente a guitarra um pequeno amplificador à pilhas com uma saída para um fone de ouvido. É claro que você pode ter um amplificador em casa que também tenha saída para fones. A questão é que certamente esse amplificador será muito maior do que esse aqui.

Várias são as vantagens de um amplificador pequeno como esse. Você pode tocar no sofá, na cama…, enfim. Dá até para levar na viagem.
Temos disponíveis no mercado dezenas de excelentes pequenos circuitos integrados amplificadores. Esse aí que montei é um deles. Tem potência suficiente para ligar até um pequeno alto-falante. Por isso, um controle de volume é essencial no circuito.

Você pode colocar todo o conjunto em uma pequena caixa plástica. Aqui vale sempre a ressalva para usar fio blindado na entrada. Assim você evita que ruídos e roncos sejam captados e mantém o som limpo. Um plugue P10 na entrada e um plugue P2 ou P10 na saída (depende do seu plugue do fone). Um pequeno interruptor que ao ligar aciona também um LED, para visualmente vermos que o equipamento está em funcionamento.
Agora assiste aí e solte a imaginação para montar o seu.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Nunca foi tão fácil montar um amp de bancada

Um pequeno amplificador na bancada é algo fundamental para o projetista de eletrônica. Com ele podemos realizar testes em vários equipamentos utilizando ele como um seguidor de sinais. Tenho alguns instrumentos que construí em minha bancada e esse é um deles.

A potência do amplificador não precisa ser elevada. Um circuito com cerca de 2 Watts já está de bom tamanho. Será bom esse amplificador dispor de um controle de volume. Caso prefira além de saída para alto-falante é possível também disponibilizar em fones de ouvido.

Painel caseiro de instrumentos para a bancada de eletrônica
Painel caseiro de instrumentos para a bancada de eletrônica

O circuito que montei é chamado de classe A. Ele possui 2 transistores e seu funcionamento é muito simples. Além desses 2 transistores mais poucos componentes formam todo o circuito. No meu caso o sinal é entregue diretamente a um alto-falante de 4 polegadas instalado em minha bancada.

Eu filmei dois vídeos para falar desse amplificador. No primeiro eu falo detalhes da montagem e no segundo os testes do amplificador na bancada. Se você precisar de um pouco mais de potência é possível conseguir através da troca do transistores. No vídeo eu mostro essa experiência.

 

 

 

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Monte agora mesmo seu pedal de distorção. Super simples

O interessante desse circuito de distorção é compreender melhor o percurso do sinal e a presença dos resistores de polarização que colocam o transistor para atuar. O circuito é bem simples e uso também nas minhas aulas de eletrônica. Ele funciona com um transistor de uso geral, nada de especial. Com uma tensão de somente 3 Volts, onde a proposta é também mostrar que de acordo com a alteração dos valores dos resistores é possível fazer um pedal que funcione em outras tensões que não somente o padrão de 9 Volts.

É claro que montar de forma comercial ou para uso próprio um pedal que funcione com 3 Volts pode ser ruim, mas pensando no aspecto do aprendizado é muito legal.

Repare também na presença dos 2 diodos de germânio na saída fazendo o que conhecemos como clipagem do sinal. Esses diodos podem ser trocados por outros como de silício, LEDs e até combinação de diferentes tipos desses componentes.

 

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Agora você não precisa imaginar. Já pode montar seu mini amp.

Eu adoro a flexibilidade do circuito integrado LM386n. Já usei demais esse C.I.! Certa vez tinha a necessidade de montar um pequeno amplificador para um dispositivo maior que estava trabalhando. O aparelho no seu contexto mais geral tinha uma saída de vídeo e áudio. A potência do áudio era muito pequena e eu desejava um amplificador para aumentá-la.

Pois bem o LM386n foi a minha saída. Se você entrar no datasheet de um dos fabricantes desse circuito integrado, vai encontrar algumas sugestões de circuitos amplificadores. Você verá que são bem simples.
A dica fica por conta de usar uma placa de circuito impresso para montar tudo. Afinal, estamos utilizando um circuito integrado. Se você não tem experiência com confecção de circuito impresso, utilize uma placa universal.

CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n
CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n

O circuito é muito simples e qualquer iniciante consegue montar. Ele funciona com pilhas, mas nada impede de você usar uma fonte de alimentação externa para ligá-lo. Porém só atente para o fato dessa fonte ter bons capacitores eletrolíticos em sua saída. Assim haverá uma boa filtragem e você não ouvirá roncos e ruídos.

Por fim nesse vídeo eu falo mais detalhes sobre esse amplificador. Vocês podem até ver o aspecto final de toda a montagem. O alto-falante foi instalado dentro de uma lata de atum. Eu a pintei de vermelho com tinta jet. A moldura vermelha no entorno foi feita com tampa de lata de achocolatado. A tela frontal é de alto-falantes automotivos.

 

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Você nunca montou um pisca pisca LED mais fácil que esse!

Você já parou para se perguntar como funciona o pisca-pisca de uma árvore de natal? Mas veja bem, estou falando daqueles antigos que usavam lâmpadas e não dos atuais de LEDs.

As várias lâmpadas estão ligadas em série. Dessa forma se cada uma delas precisa, por exemplo, de 11 Volts para funcionar, ao ligar em série umas 12 delas, será possível ligar esse conjunto todo diretamente na tomada elétrica de 127 Volts.

E para piscar? Bom eles desenvolveram lâmpadas que naturalmente piscavam. Aí eles instalavam essa lâmpada como a primeira do conjunto sem série e quando ela piscava, todo o conjunto ligado a ela também piscava, devido a ligação em série. Isso explica o fato de que quando 1 só lâmpada queimava, várias delas não acendiam. Elas não tinham queimado. Era tão somente a corrente que deixou de circular por elas devido à 1 lâmpada qualquer que tinha queimado.

Esse mesmo conceito é possível de ser montado com o uso de LEDs. Eu já falei para você em um vídeo sobre o LED pisca. É um LED que naturalmente pisca. Então se ligarmos esse LED pisca junto com vários outros LEDs em série podemos montar algo como o pisca-pisca que falamos agora pouco. Seria uma forma simples de fazer piscar vários LEDs na mesma frequência sem usar outros componentes como transistores ou relês.

LEDs
LEDs

Só atente para a polaridade dos LEDs, pois caso contrário não irá funcionar. Lembre-se também que quanto mais LEDs maior deverá ser a tensão a ser usada, já que ela será dividida entre todos os LEDs. Use a Lei de Ohm para calcular o resistor limitador.

Assista o vídeo que vai ficar mais claro essa ideia toda. Além disso tudo que mencionei, um outro fato relevante é que os LEDs precisam de uma corrente contínua para funcionarem. Já as lâmpadas incandescentes podem acender em CC ou CA.

 

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Comprovado! Você vai ver na prática a transmissão de áudio via luz

Quando utilizamos um controle remoto do tipo infravermelho, estamos transmitindo luz no espectro invisível. Essa luz é recebida por um receptor que decodifica. Podemos inclusive enviar áudio através desses raios. Esse é o processo realizado durante a transmissão de sinais através de fibra ótica.
Existem equipamentos de som com entradas e saídas óticas. A ligação entre outros equipamentos com o uso delas se faz através de um cabo ótico, que nada mais é que uma fibra ótica.

Tanto que esse cabo não pode ser dobrado, pois caso assim seja irá se partir.
Então eu montei uma experiência onde eu faço a transmissão do som com um princípio parecido ao da fibra ótica. O sinal de áudio amplificado é transformado em luz com o uso de um LED. Do outro lado está o receptor, um fototransistor. Ele irá interpretar o sinal e amplificar levando por fim ao alto-falante.

Veja que o sinal transmitido dessa forma (através da luz), tem a particularidade que quanto mais direcional for melhor será a recepção.

E se tiverem barreiras entre o transmissor e receptor também existirá dificuldade no recebimento da informação. No vídeo abaixo isso fica bem claro no momento em que coloco a mão entre o transmissor e o receptor.
Assista o vídeo e deixe seu comentário.

 

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Monte agora facilmente um mini amplificador

O LM386n é um C.I. muito bacana para a construção de pequenos amplificadores e até efeitos de distorção. Ele funciona pode funcionar com pilhas pequenas, pois o seu consumo é bem pequeno. Não há necessidade nem de usar dissipador de calor, até porque ele nem está preparado para isso (justamente por não esquentar em funcionamento).

Eu já usei muito ele para fazer amplificadores como esse do vídeo que mostro abaixo. O circuito é muito simples e até os iniciantes irão conseguir montar sem maiores dificuldades.

Aconselho montar em uma placa universal, dessa forma facilita para quem não tem muitos conhecimentos a respeito da confecção de PCI.

CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n
CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n

Utilize um soquete de 8 pinos para o circuito integrado. Dessa forma evitamos calor excessivo em seus terminais, o que pode levar a queima do componente.

Se preferir é possível ligar o circuito em uma fonte de alimentação. O ponto importante é que ela possua uma boa filtragem, pois caso contrário isso pode se traduzir em roncos no alto-falante. Utilize uma chave liga e desliga para acionar a alimentação. Um LED para indicar que o mesmo está ligado e plugue para a entrada. Você pode ligar a guitarra diretamente a ele. Dá um ótimo amplificador de estudo. É possível também fazer uma saída para fones, até montando um circuito jaque-fechado. Ou seja, quando insere o plugue o som deixa de sair no alto-falante e passa a sair somente nos fones de ouvido.

 

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