Você pode montar agora mesmo uma caixa amplificada para MP3

Quando desenvolvi esse projeto pensei em algo que pudesse facilmente ligar um tocador de MP3 ou celular através de um cabo plugue P2. P2 é aquele que está na extremidade dos fones de ouvido que ligamos nos celulares. Eu tinha uma caixa passiva da marca CCE que estava abandonada.

Ela pertencia a um mini-system que meus pais tiveram muitos anos atrás. Decidi fazer o uso dela sem fazer nenhuma modificação na mesma quando a inclusão de outros falantes ou alteração do alto-falante original. Depois de montada eu até acho que merecia ter um tweeter, mas isso fica para outro projeto no futuro.

Amplificador caseiro para MP3
Amplificador caseiro para MP3

O circuito utilizado está baseado no TDA2003. Ele é um circuito integrado amplificador de áudio que foi muito utilizado em aplicações automotivas. Sua idealização é antiga e pode-se dizer de certa forma que ele foi a evolução do C.I. TDA2002, o qual é muito semelhante.

Quando utilizamos um circuito integrado estamos nos valendo de uma série de benefícios que foram concebidos no momento de sua industrialização. Por exemplo, esse C.I. tem um controle de temperatura. Então no caso de aquecimento ele reduz a performance para não levar o componente a queima. Bem legal isso, né? Mas para isso não acontecer e tirarmos o máximo proveito desse circuito integrado, devemos dotar ele de um bom dissipador de calor. Assim aumentarmos a área de contato desse componente com o ar, fazendo com que ele resfrie mais rapidamente.

A fonte de alimentação deve possuir capacitores eletrolíticos de elevada capacitância. A intenção é fazer com que ocorra um boa filtragem evitando assim roncos oriundos da rede elétrica na saída do amplificador.
A montagem foi toda realizada através de ponte de terminais deixando a montagem simples até para os mais novatos. Na parte frontal da caixa, instalei um interruptor para ligar e desligar o circuito e também um LED que indica o seu funcionamento. Na traseira adaptei uma tomada fêmea dessas encontradas em fontes de computadores e um cabo blindado (para evitar roncos) com um plugue P2 na ponta.

Optei por não colocar controle de volume no circuito. Todo o controle de volume é realizado pelo próprio aparelho de MP3. Aí é só ligar o celular e som na caixa.

Assista no vídeo abaixo os detalhes dessa montagem.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Uma montagem fácil. O pedal de distorção Joe Easy Driver

Ah, os efeitos de distorção. Muitos dizem que foi o primeiro efeito de guitarra conseguido através da distorção natural que os amplificadores apresentavam em volumes altos. A partir daí surgiram vários circuitos cuja ideia é realizar esse mesmo efeito porém em qualquer volume. Os circuitos de distorção normalmente são mais simples se comparados com um reverb ou delay, por exemplo. Esse aqui é um bem simples, cuja montagem não requer grandes conhecimentos de eletrônica. Assim até os iniciantes podem montá-lo.

Aconselho montar em uma placa de circuito impresso. Se você não tiver experiência com a confecção de circuito impresso, pode utilizar uma placa universal já perfurada. Essa placa você compra pronta para o uso em lojas de eletrônica. O bom de se utilizar uma PCI é que a montagem fica bem compacta e dessa forma cabe nas menores caixinhas que você imaginar.
Mas antes de sair montando em definitivo, você pode montar em uma matriz de contatos e dessa forma testar e sentir o som. Caso lhe agrade aí sim você parte para uma montagem mais definitiva.

O circuito possui somente 1 componente ativo, um transistor. A alimentação é com 9 Volts e uns outros poucos componentes são necessários para concluir a montagem. Vale a pena também experimentar a troca dos diodos silício por germânio e ver o resultado. Quem sabe até instalar uma chave para realizar a comutação dos diodos a seu gosto para cada música.

No vídeo a seguir você pode conferir o som desse efeito de distorção.

 

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Imagine um passo a passo para montar um amplificador. Tá aqui.

Pouco mais de 10 anos atrás decidi fazer a construção de um pequeno amplificador híbrido, ou seja, válvula e circuito integrado. Para tornar a coisa mais voltada para qualquer iniciante, fiz o uso de baixas tensões no circuito. Assim sendo, deixo de utilizar tensões da ordem de cerca de 350 Volts que as válvulas normalmente utilizam para usar tensões mais baixas.

Decidi que iria fazer uma filmagem do passo a passo. Dando oportunidade de se montar, caso queira, somente a unidade que possui o circuito integrado, assim como separadamente a unidade de pré-amp que utiliza uma válvula EL95. Pois assim, caso você deseje, é possível montar a parte que utiliza o C.I. LM386n e já ligar a guitarra diferente nele com um resultado bem legal.

Amplificador caseiro valvulado híbrido de baixa tensão
Amplificador caseiro valvulado híbrido de baixa tensão

Devido a montagem extremamente detalhada foram gravados 23 vídeos. Isso mesmo! Eu filmei além da eletrônica, detalhes sobre a construção do gabinete em madeira assim como toda a parte de acabamento que foi dada após a montagem do gabinete.

Os vídeos abaixo estão na sequência da construção. Todo o conjunto é alimentado por pilhas. Fiz uso de 6 pilhas pequenas, dessa forma o amplificador ficou bem pequeno. Sempre que falamos de amplificadores precisamos dar uma atenção especial também ao alto-falante.

Aconselho você a fazer testes com diferentes falantes que possua em casa até encontrar o que melhor lhe agrada. É claro que você deve observar corretamente a impedância do alto-falante para evitar a queima do CI LM386n.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Você pode montar seu homestudio agora mesmo

Gravar em casa já é uma realidade há muitos anos. Porém alguns recursos são necessários para se fazer ao menos o básico dentro de casa.
É claro que não há necessidade de mesas enormes, a não ser que você deseje mixar nessa mesa.

Para começar é preciso considerar um bom microfone. Você deve levar em consideração que tipo de ambiente você reside. O ideal seria partir para os microfones condensadores, porém com eles você terá uma captação muito sensível e se você mora em locais barulhentos ou não tem um bom isolamento acústico isso será um grande problema.

Dessa forma, o mais aconselhável talvez fosse mesmo um microfone cardióide do tipo dinâmico. Com ele você vai conseguir gravar o violão, instrumentos de sopro, microfonar a guitarra e até cantar. Mas é claro que se você mora em um local silencioso pode partir para o microfone condensador.

Estúdio caseiro
Estúdio caseiro

Um outro ponto importante é a placa de som. De nada adianta ter um bom microfone e a placa deixar a desejar. No mercado existem boas placas e muitas com uma interface externa onde você já dispõe de entradas P10 e Canon para ligar o microfone. Dessa forma, você acaba por não necessitar de uma mesa de som entre o microfone e a placa.

Para mixar você vai precisar de monitores de som, as famosas caixas de som de estúdio. Nesse ponto estamos tratando de um equipamento realmente caro. Talvez você não esteja disposto a investir muito e uma saída poderia ser um bom fone. Mas veja que o ideal não seria isso. Mixar só com os fones pode gerar um resultado estranho quando você for ouvir nas caixas.

Você vai precisar de um software de gravação no seu computador. Nele você também poderá realizar a mixagem da música, além de inserir efeitos como reverb, por exemplo.

Para dar mais flexibilidade no uso do microfone um pedestal do tipo girafa é importante. Assim, você pode ajustar para cantar o gravar algum instrumento.

Isso seria o básico do básico. Mas com essa configuração você já conseguiria fazer seus registros musicais. É isso. Assiste o vídeo abaixo onde falo e mostro mais detalhes.

 

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Você pode estudar eletrônica online facilmente

Você quer fazer um curso de eletrônica? Fica se perguntando a respeito dos componentes, como funcionam, qual a razão de estarem ali? Eu posso te ajudar respondendo essas e várias outras perguntas. Eu, Alex Baroni, ministro aulas de eletrônica. Atualmente as aulas ocorrem de forma presencial, mas estou gravando as aulas para disponibilizar de forma online.

Embora a informática tenha nos dias atuais um papel fundamental, a eletrônica ainda está muito presente. É fato notório que com a informática os processos ficaram mais simples. Posso explicar melhor.

Vamos imaginar um cenário. Digamos que a gente precise montar um dispositivo que ligue e desligue lâmpadas para montar um painel eletrônico que escreve letras e números. Ou seja, acendendo e apagando as lâmpadas “escrevemos” a informação.

Fazer isso só com eletrônica, sem informática, é um trabalho extremamente grande. Vamos praticamente montar um cérebro eletrônico para receber os inputs (frases) e escrever elas acendendo e apagando as lâmpadas.

Agora envolvendo a informática a coisa fica muito mais simples. Um programa (software) é desenvolvido para receber os textos, armazenar eles, repetir em sequência. Diretamente do computador precisamos de um circuito de driver que irá acender e apagar as lâmpadas através da USB, por exemplo.

Ficou tudo muito mais simples. Sem entrar em muitos detalhes, podemos ver o quanto a informática ajudou nosso dia a dia. Porém conhecer eletrônica ainda é preciso. Pois sempre haverá uma interface entre os dispositivos.

Estudar eletrônica através de um curso de eletrônica direcionado, torna tudo muito mais simples e fácil para o aluno. Eu também acredito muito na questão prática. Na minha opinião quando o aluno vê as experiências de forma prática a compreensão por parte dos alunos fica muito mais fácil.
É isso. Quer fazer um curso de eletrônica comigo? Entre em contato.

Você também pode montar suas caixas para pedais caseiros

Depois de montado o circuito daquele som legal que você adorou vem a questão, onde colocar isso? Eu queria aqui dar algumas ideias para você. Dependendo da aplicação você pode usar as caixas chamadas Patola. São umas caixas plásticas que você pode usar para instalar pedais, amplificadores, instrumentos de bancada e outros.

A grande vantagem da caixa plástica, ao meu ver, é que o trabalho com elas é mais fácil do que as caixas de metal. Afinal, fazer furos em superfícies plásticas é bem simples. Porém essas caixas deixam a desejar no quesito blindagem. Afinal, elas são de plástico. Para isso talvez você prefira usar uma boa caixa de metal e fazer o devido aterramento na massa dela.

Construção pedal booster guitarra - caixinha caseira
Construção pedal booster guitarra – caixinha caseira

Se a caixa vai levar “porrada” como pisões de pedais, talvez a melhor escolha recaia sobre uma metálica. Existem também várias em nosso mercado, para todos os gostos e até empresas que criam a sua caixa personalizada. É claro que esse é um procedimento mais caro e deve ser feito em quantidade somente.

Se preferir montar de forma personalizada, porém um pouco mais barata, aconselho recorrer a um serralheiro. Ele é o artista do metal.

Trabalha com alumínio, ferro e aço. Ele pode montar para você uma caixinha bem legal como essa aqui.

Se você solicitar algumas, o preço não vai ficar tão alto assim. O bom é que ele já tem ferramentas para cortar as chapas e dobrá-las corretamente. Para quem não trabalha com isso fica mais complicado fazer. Um bom serralheiro, também trabalha com pintura de pistola e tem a disposição diferentes tipos de chapas. Essa minha caixinha foi pintada por ele e é fechado com rebites. Na parte superior tem o famoso piso de ônibus. Enfim, ficou um belo visual.

 

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Nunca mais vão te enrolar explicando sobre captador de guitarra

O captador magnético da guitarra em essência é bem simples de ser entendido. Você precisa somente de fio esmaltado e imã. Você entenderá a lógica para fazer um captador. O fio esmaltado deve ser bem fino, pois haverá necessidade de se fazer muitas espiras e se ele for espesso isso não será possível. Uma ressalva importante sobre o fio esmaltado é que como o próprio nome diz, ele tem um esmalte que o recobre. É um tipo de capa só que bem fina. Assim, para soldar seus terminais existe a necessidade de dar uma lixada e tirar o esmalte. Pois caso contrário você não conseguirá soldar e o circuito nunca funcionaria uma vez que não daria contato.

A quantidade de voltas varia muito, mas em guitarras fica entre 4000 e 8000. A espessura do fio se situa entre 32 AWG e algo entre 42 AWG.
A outra peça do quebra-cabeça é o imã. Esse imã deve ficar no centro da bobina. Esse é um desenho genérico de captador e funciona super bem para explicar seu funcionamento.

Aspecto interno de um simples captador - imã + bobina
Aspecto interno de um simples captador – imã + bobina

O imã gera um campo magnético. Ele está em repouso pois não há nada fazendo com que suas linhas de força sejam deflexionadas. A partir do momento em que existe uma perturbação na área ao redor, essa oscilação é captada pela bobina. Essa perturbação pode ser causada por cordas de aço, por exemplo.

Aqui vale uma ressalva. Não é possível fazer esse captador funcionar com cordas de nylon. Elas não conseguem gerar essa perturbação e induzir corrente pela bobina do captador. Por isso você só encontra esse tipo de captador de bobina em instrumentos de cordas de aço.

No vídeo abaixo eu falo muitos outros detalhes e mostro o captador em ação. Dá uma assistida aí.

 

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Calibragem fácil de miliamperímetro como medidor de tensão

Eu estava montando uma fonte variável para a minha bancada. Tinha também um miliamperímetro jogado num canto. Então pensei em utilizá-lo para conseguir identificar a tensão que estava vindo da fonte de alimentação. Esses instrumentos, como são assim chamados, são muito sensíveis e por isso você não pode ligar diretamente neles uma tensão de 1 Volt, por exemplo. É preciso fazer uma rede de resistores através de um divisor de tensão.

Aspecto do instrumento que fiz a calibração
Aspecto do instrumento que fiz a calibração

E foi o que fiz. Construí uma rede para dividir a tensão. Um dos resistores substituí por um potenciômetro. Dessa forma ficou fácil o ajuste. Para calibrar o instrumento peguei um multímetro e usei como base. Medi a fonte que usei como base. Digamos que ela deu 5 Volts.

A partir daí medi essa mesma fonte com o miliamperímetro e a rede de resistores. Então fui atuando no potenciômetro até ele marcar 5 Volts. Os ajustes mais precisos são feitos no centro do instrumento.
Para quem for fazer testes, comece por valores de resistores e potenciômetros bem elevados. Dessa forma, você evita que o seu miliamperímetro possa vir a queimar.

 

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Imagine montar um pedal valvulado com a 12AX7. Muito fácil.

Em 2008 achei que seria legal montar algum circuito que favorecesse os iniciantes a trabalharem com válvulas. Dessa forma, pensei que talvez um pedal de distorção trabalhando com baixa tensão fosse uma boa saída. Com o uso de uma válvula 12AX7 e poucos componentes adicionais, um circuito simples poderia ser montado.

Aspecto do circuito montado de forma experimental para ser mostrado em aula
Aspecto do circuito montado de forma experimental para ser mostrado em aula

Já produzi alguns vídeos sobre esse pedal. O primeiro é bem antigo e mostro o pedal em funcionamento. Dá pra ouvir o som do bicho. Em um outro vídeo anos depois eu publiquei fotos da etapa da construção desse pedal.

Para tornar mais fácil o acesso a esse conteúdo, eu disponibilizei um e-book de forma gratuita aqui no meu site. Nesse material inicio falando um pouco sobre todos os componentes que iremos usar na montagem. Falando sobre polaridade e funcionamento deles. Em seguida tratamos do circuito e das etapas de construção. O material é bem legal com várias fotos do processo de montagem.

Ainda não tem o e-book? Clica aqui do lado (nesse menu à direita) e faça seu download. Basta informar seu email. Fique tranquilo que não vou ficar te enchendo com spam.

 

 

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O sensível microfone magnético com peças de sucata

O que acha de montar um microfone com material de sucata? Pois é, essa foi a ideia aqui. Comprei uma cápsula magnética dessas que eram usadas por telefones antigos e fiz uso de um pequeno transformador de saída que era usado em pequenos rádios transistorizados. O trafo deu um ganho bem legal e o resultado foi um microfone bem interessante. Alguns gaitistas utilizam esse tipo de recurso como microfones buscando aquele som “rasgado” para um rock e blues, por exemplo.

Pequeno transformador de saída
Pequeno transformador de saída

Assim como a cápsula de microfone o transformador de saída pode ser encontrado em sucatas. Ou mesmo você pode achar um rádio antigo que o possua e desmontar. Afinal, comprar esses pequenos transformadores nos dias de hoje não é uma tarefa fácil.

No vídeo abaixo eu mostro o com da cápsula sem o uso do transformador e também com o uso dele. Dessa forma você pode perceber a diferença. No final eu toco, ou melhor tento, a gaita tendo o som captado pelo microfone.

No fim, use a criatividade para fazer um acabamento legal colocando todo o conjunto numa caixinha parecida com microfone.

Coloque um plugue cannon (XLR) e terá condição de ligar ele em qualquer estúdio para fazer seu som.

 

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