Agora você não precisa imaginar. Já pode montar seu mini amp.

Eu adoro a flexibilidade do circuito integrado LM386n. Já usei demais esse C.I.! Certa vez tinha a necessidade de montar um pequeno amplificador para um dispositivo maior que estava trabalhando. O aparelho no seu contexto mais geral tinha uma saída de vídeo e áudio. A potência do áudio era muito pequena e eu desejava um amplificador para aumentá-la.

Pois bem o LM386n foi a minha saída. Se você entrar no datasheet de um dos fabricantes desse circuito integrado, vai encontrar algumas sugestões de circuitos amplificadores. Você verá que são bem simples.
A dica fica por conta de usar uma placa de circuito impresso para montar tudo. Afinal, estamos utilizando um circuito integrado. Se você não tem experiência com confecção de circuito impresso, utilize uma placa universal.

CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n
CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n

O circuito é muito simples e qualquer iniciante consegue montar. Ele funciona com pilhas, mas nada impede de você usar uma fonte de alimentação externa para ligá-lo. Porém só atente para o fato dessa fonte ter bons capacitores eletrolíticos em sua saída. Assim haverá uma boa filtragem e você não ouvirá roncos e ruídos.

Por fim nesse vídeo eu falo mais detalhes sobre esse amplificador. Vocês podem até ver o aspecto final de toda a montagem. O alto-falante foi instalado dentro de uma lata de atum. Eu a pintei de vermelho com tinta jet. A moldura vermelha no entorno foi feita com tampa de lata de achocolatado. A tela frontal é de alto-falantes automotivos.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Você nunca montou um pisca pisca LED mais fácil que esse!

Você já parou para se perguntar como funciona o pisca-pisca de uma árvore de natal? Mas veja bem, estou falando daqueles antigos que usavam lâmpadas e não dos atuais de LEDs.

As várias lâmpadas estão ligadas em série. Dessa forma se cada uma delas precisa, por exemplo, de 11 Volts para funcionar, ao ligar em série umas 12 delas, será possível ligar esse conjunto todo diretamente na tomada elétrica de 127 Volts.

E para piscar? Bom eles desenvolveram lâmpadas que naturalmente piscavam. Aí eles instalavam essa lâmpada como a primeira do conjunto sem série e quando ela piscava, todo o conjunto ligado a ela também piscava, devido a ligação em série. Isso explica o fato de que quando 1 só lâmpada queimava, várias delas não acendiam. Elas não tinham queimado. Era tão somente a corrente que deixou de circular por elas devido à 1 lâmpada qualquer que tinha queimado.

Esse mesmo conceito é possível de ser montado com o uso de LEDs. Eu já falei para você em um vídeo sobre o LED pisca. É um LED que naturalmente pisca. Então se ligarmos esse LED pisca junto com vários outros LEDs em série podemos montar algo como o pisca-pisca que falamos agora pouco. Seria uma forma simples de fazer piscar vários LEDs na mesma frequência sem usar outros componentes como transistores ou relês.

LEDs
LEDs

Só atente para a polaridade dos LEDs, pois caso contrário não irá funcionar. Lembre-se também que quanto mais LEDs maior deverá ser a tensão a ser usada, já que ela será dividida entre todos os LEDs. Use a Lei de Ohm para calcular o resistor limitador.

Assista o vídeo que vai ficar mais claro essa ideia toda. Além disso tudo que mencionei, um outro fato relevante é que os LEDs precisam de uma corrente contínua para funcionarem. Já as lâmpadas incandescentes podem acender em CC ou CA.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Comprovado! Você vai ver na prática a transmissão de áudio via luz

Quando utilizamos um controle remoto do tipo infravermelho, estamos transmitindo luz no espectro invisível. Essa luz é recebida por um receptor que decodifica. Podemos inclusive enviar áudio através desses raios. Esse é o processo realizado durante a transmissão de sinais através de fibra ótica.
Existem equipamentos de som com entradas e saídas óticas. A ligação entre outros equipamentos com o uso delas se faz através de um cabo ótico, que nada mais é que uma fibra ótica.

Tanto que esse cabo não pode ser dobrado, pois caso assim seja irá se partir.
Então eu montei uma experiência onde eu faço a transmissão do som com um princípio parecido ao da fibra ótica. O sinal de áudio amplificado é transformado em luz com o uso de um LED. Do outro lado está o receptor, um fototransistor. Ele irá interpretar o sinal e amplificar levando por fim ao alto-falante.

Veja que o sinal transmitido dessa forma (através da luz), tem a particularidade que quanto mais direcional for melhor será a recepção.

E se tiverem barreiras entre o transmissor e receptor também existirá dificuldade no recebimento da informação. No vídeo abaixo isso fica bem claro no momento em que coloco a mão entre o transmissor e o receptor.
Assista o vídeo e deixe seu comentário.

 

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Monte agora facilmente um mini amplificador

O LM386n é um C.I. muito bacana para a construção de pequenos amplificadores e até efeitos de distorção. Ele funciona pode funcionar com pilhas pequenas, pois o seu consumo é bem pequeno. Não há necessidade nem de usar dissipador de calor, até porque ele nem está preparado para isso (justamente por não esquentar em funcionamento).

Eu já usei muito ele para fazer amplificadores como esse do vídeo que mostro abaixo. O circuito é muito simples e até os iniciantes irão conseguir montar sem maiores dificuldades.

Aconselho montar em uma placa universal, dessa forma facilita para quem não tem muitos conhecimentos a respeito da confecção de PCI.

CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n
CI que apresenta o mesmo aspecto do LM386n

Utilize um soquete de 8 pinos para o circuito integrado. Dessa forma evitamos calor excessivo em seus terminais, o que pode levar a queima do componente.

Se preferir é possível ligar o circuito em uma fonte de alimentação. O ponto importante é que ela possua uma boa filtragem, pois caso contrário isso pode se traduzir em roncos no alto-falante. Utilize uma chave liga e desliga para acionar a alimentação. Um LED para indicar que o mesmo está ligado e plugue para a entrada. Você pode ligar a guitarra diretamente a ele. Dá um ótimo amplificador de estudo. É possível também fazer uma saída para fones, até montando um circuito jaque-fechado. Ou seja, quando insere o plugue o som deixa de sair no alto-falante e passa a sair somente nos fones de ouvido.

 

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Imagine que você pode verificar a polaridade de um alto-falante

O alto-falante precisa excursionar para frente e para trás durante o seu funcionamento. Dessa forma, ele conseguirá reproduzir corretamente os sons. O alto-falante é um componente polarizado, ou seja, ele possui um polo chamado positivo e outro negativo. Por isso devemos ligar obedecendo essa convenção. Caso exista uma inversão, o alto-falante irá funcionar de maneira contrária ao que foi concebido.

Se tivermos mais de um falante funcionando é de extrema importância que todos estejam ligados em fase, ou seja, quando um vai para frente todos vão. Caso não esteja assim haverá, cancelamento de fase e o som será prejudicado.

Mas você pode ter um alto-falante onde não é possível identificar qual o positivo e qual o negativo. Solução existe e é com o uso de uma pilha pequena. Ligue a pilha rapidamente nos dois polos do alto-falante. Se ele for para frente, então o polo positivo é onde o positivo da pilha está ligado.
Essa ligação deve ser breve, só o suficiente para identificar o movimento do falante para frente ou para trás. Normalmente é muito usada essa dica quando estamos com falantes antigos onde não é possível identificar corretamente os seus terminais.

Alto-falante antigo da linha automotiva
Alto-falante antigo da linha automotiva

Feito isso é só partir para a soldagem e ligação ao amplificador. Para ajudar utilize fios coloridos para diferenciar o negativo do positivo.
Com a intenção de ficar mais claro todo esse processo, filmei o vídeo abaixo onde é possível ver o cone do alto-falante se movimentando com a pilha.

 

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Nunca mais você vai querer gravar seu violão de outra forma

É sabido que uma boa parte dos violões existentes no mercado possui captação interna. Mas será que vale a pena usar ela para realizar uma gravação no estúdio? A primeira resposta é: Se você só tem ela, vai em frente! Mas se tiver um microfone disponível, pense duas vezes. A captação interna pode ser legal para fazer aquele som no barzinho ou no show. Mas para registrar em seu homestudio, não é o ideal quase que na totalidade das vezes.

Mas para você tirar suas dúvidas e tendo disponibilidade, na hora que gravar vale a pena abrir 2 canais. Um para captação interna e outro para a externa. Assim você pode comparar as duas decidir sobre qual trabalhar. Se o violão não é daqueles caros de alta qualidade, existe mais chance de você preferir a captação feita pelo microfone.

Se você não tem um excelente microfone, vale a pena testar mesmo assim. Eu mesmo já postei um vídeo no meu canal onde faço experiências com um microfone da Tec-Toy comparado com um Shure SM57. O resultado me surpreendeu. Claro que o Shure foi superior, mas com um tratamente adequado e levando em consideração o preço do equipamento até o microfone da Tec-Toy pode encontrar aplicações no homestudio caseiro de baixo investimento.

Microfone cardióide
Microfone cardióide

Bom agora chega de falar e dá uma assistida no vídeo. Tire suas próprias conclusões.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Você nunca viu uma web cam como essa

Tempos atrás estava com uma câmera filmadora antiga aqui em casa. Sabe aquelas bem grandonas lá da década de 80? Então decidi desmontá-la. Foi um processo interessante porque pude perceber como eles estavam já bem próximos de uma câmera de dimensões bem menores. Não à toa que anos mais tarde apareceram as chamadas handcams.

Vi que os grandes empecilhos estavam no tamanho da fita, no tamanho da bateria e das lentes. O restante já estava no caminho da miniaturização. Chegava até encontrar vários locais com espaço sobrando, sem ter placas ou nada. Acho bem bacana acompanhar toda essa evolução da indústria eletrônica.

Depois de desmontar, fiquei olhando aquela carcaça e pensei que podia fazer algo bem doido com ela. Então eu a remontei mas sem nada dentro no que diz respeito ao circuito original. Somente instalei uma web cam nela. Ficou show. Agora ela tem um visual antigo e saída USB. Basta ligar no computador e pronto!

Veja aí no vídeo o resultado dessa viagem.

 

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Você pode montar um pedal de overdrive agora- Dead Easy Dirt

É impossível imaginar um guitarrista sem um set de pedais. Afinal, eles são os responsáveis por dar toda a flexibilidade de mudança de timbres do instrumento. Os circuitos mais fáceis de fazer são os de distorção. Esse aqui é um deles. Muito simples em sua construção podendo ser montado até por iniciantes em eletrônica. Ele utiliza somente 1 componente ativo, que é um circuito integrado. O C.I. usado é o LM386n. Quando trabalhamos com circuitos integrados é importante observar que devemos utilizar um soquete para ele no circuito impresso. Isso evita o aquecimento do componente durante a soldagem, além do fato de facilitar a troca do mesmo em caso de queima.

Esse circuito conta com os dois diodos na saída que fazem a chamada clipagem do sinal. Outras sonoridades podem ser conseguidas com a troca desses diodos. Faça testes com LEDs, diodos germânio e de silício. Vale até misturar esses componentes nos testes.

LEDs
LEDs

Para os que não tem intimidade na construção do circuito impresso, a minha dica é utilizar uma placa universal perfurada. Você encontra em lojas de eletrônica em diferentes tamanhos e facilita bastante o trabalho. Mas é claro que antes de sair soldado tudo, faça testes na matriz de contatos ou protoborad. Afinal, é melhor ouvir o som dele antes de montar o mesmo de forma definitiva. Nesse vídeo eu fiz exatamente assim. Montei ele de forma experimental. Caso então você goste do som, faça a montagem definitiva e instale em uma caixinha.

É importante observar que a caixa de metal irá favorecer a uma blindagem e dessa forma evitar ruídos e roncos. Ligue o terminal negativo da alimentação na carcaça de metal dessa caixinha. Você também pode instalar nesse circuito uma chave DPDT. Aqui no meu canal no YouTube (e até aqui no meu site) você encontra vídeo que fiz sobre como realizar isso.
No mais é isso. Ligue a alimentação, plugue na guitarra e amp e bom som!

 

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Você pode montar agora mesmo uma caixa amplificada para MP3

Quando desenvolvi esse projeto pensei em algo que pudesse facilmente ligar um tocador de MP3 ou celular através de um cabo plugue P2. P2 é aquele que está na extremidade dos fones de ouvido que ligamos nos celulares. Eu tinha uma caixa passiva da marca CCE que estava abandonada.

Ela pertencia a um mini-system que meus pais tiveram muitos anos atrás. Decidi fazer o uso dela sem fazer nenhuma modificação na mesma quando a inclusão de outros falantes ou alteração do alto-falante original. Depois de montada eu até acho que merecia ter um tweeter, mas isso fica para outro projeto no futuro.

Amplificador caseiro para MP3
Amplificador caseiro para MP3

O circuito utilizado está baseado no TDA2003. Ele é um circuito integrado amplificador de áudio que foi muito utilizado em aplicações automotivas. Sua idealização é antiga e pode-se dizer de certa forma que ele foi a evolução do C.I. TDA2002, o qual é muito semelhante.

Quando utilizamos um circuito integrado estamos nos valendo de uma série de benefícios que foram concebidos no momento de sua industrialização. Por exemplo, esse C.I. tem um controle de temperatura. Então no caso de aquecimento ele reduz a performance para não levar o componente a queima. Bem legal isso, né? Mas para isso não acontecer e tirarmos o máximo proveito desse circuito integrado, devemos dotar ele de um bom dissipador de calor. Assim aumentarmos a área de contato desse componente com o ar, fazendo com que ele resfrie mais rapidamente.

A fonte de alimentação deve possuir capacitores eletrolíticos de elevada capacitância. A intenção é fazer com que ocorra um boa filtragem evitando assim roncos oriundos da rede elétrica na saída do amplificador.
A montagem foi toda realizada através de ponte de terminais deixando a montagem simples até para os mais novatos. Na parte frontal da caixa, instalei um interruptor para ligar e desligar o circuito e também um LED que indica o seu funcionamento. Na traseira adaptei uma tomada fêmea dessas encontradas em fontes de computadores e um cabo blindado (para evitar roncos) com um plugue P2 na ponta.

Optei por não colocar controle de volume no circuito. Todo o controle de volume é realizado pelo próprio aparelho de MP3. Aí é só ligar o celular e som na caixa.

Assista no vídeo abaixo os detalhes dessa montagem.

 

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Uma montagem fácil. O pedal de distorção Joe Easy Driver

Ah, os efeitos de distorção. Muitos dizem que foi o primeiro efeito de guitarra conseguido através da distorção natural que os amplificadores apresentavam em volumes altos. A partir daí surgiram vários circuitos cuja ideia é realizar esse mesmo efeito porém em qualquer volume. Os circuitos de distorção normalmente são mais simples se comparados com um reverb ou delay, por exemplo. Esse aqui é um bem simples, cuja montagem não requer grandes conhecimentos de eletrônica. Assim até os iniciantes podem montá-lo.

Aconselho montar em uma placa de circuito impresso. Se você não tiver experiência com a confecção de circuito impresso, pode utilizar uma placa universal já perfurada. Essa placa você compra pronta para o uso em lojas de eletrônica. O bom de se utilizar uma PCI é que a montagem fica bem compacta e dessa forma cabe nas menores caixinhas que você imaginar.
Mas antes de sair montando em definitivo, você pode montar em uma matriz de contatos e dessa forma testar e sentir o som. Caso lhe agrade aí sim você parte para uma montagem mais definitiva.

O circuito possui somente 1 componente ativo, um transistor. A alimentação é com 9 Volts e uns outros poucos componentes são necessários para concluir a montagem. Vale a pena também experimentar a troca dos diodos silício por germânio e ver o resultado. Quem sabe até instalar uma chave para realizar a comutação dos diodos a seu gosto para cada música.

No vídeo a seguir você pode conferir o som desse efeito de distorção.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.