Imagine que você pode verificar a polaridade de um alto-falante

O alto-falante precisa excursionar para frente e para trás durante o seu funcionamento. Dessa forma, ele conseguirá reproduzir corretamente os sons. O alto-falante é um componente polarizado, ou seja, ele possui um polo chamado positivo e outro negativo. Por isso devemos ligar obedecendo essa convenção. Caso exista uma inversão, o alto-falante irá funcionar de maneira contrária ao que foi concebido.

Se tivermos mais de um falante funcionando é de extrema importância que todos estejam ligados em fase, ou seja, quando um vai para frente todos vão. Caso não esteja assim haverá, cancelamento de fase e o som será prejudicado.

Mas você pode ter um alto-falante onde não é possível identificar qual o positivo e qual o negativo. Solução existe e é com o uso de uma pilha pequena. Ligue a pilha rapidamente nos dois polos do alto-falante. Se ele for para frente, então o polo positivo é onde o positivo da pilha está ligado.
Essa ligação deve ser breve, só o suficiente para identificar o movimento do falante para frente ou para trás. Normalmente é muito usada essa dica quando estamos com falantes antigos onde não é possível identificar corretamente os seus terminais.

Alto-falante antigo da linha automotiva
Alto-falante antigo da linha automotiva

Feito isso é só partir para a soldagem e ligação ao amplificador. Para ajudar utilize fios coloridos para diferenciar o negativo do positivo.
Com a intenção de ficar mais claro todo esse processo, filmei o vídeo abaixo onde é possível ver o cone do alto-falante se movimentando com a pilha.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Nunca mais você vai querer gravar seu violão de outra forma

É sabido que uma boa parte dos violões existentes no mercado possui captação interna. Mas será que vale a pena usar ela para realizar uma gravação no estúdio? A primeira resposta é: Se você só tem ela, vai em frente! Mas se tiver um microfone disponível, pense duas vezes. A captação interna pode ser legal para fazer aquele som no barzinho ou no show. Mas para registrar em seu homestudio, não é o ideal quase que na totalidade das vezes.

Mas para você tirar suas dúvidas e tendo disponibilidade, na hora que gravar vale a pena abrir 2 canais. Um para captação interna e outro para a externa. Assim você pode comparar as duas decidir sobre qual trabalhar. Se o violão não é daqueles caros de alta qualidade, existe mais chance de você preferir a captação feita pelo microfone.

Se você não tem um excelente microfone, vale a pena testar mesmo assim. Eu mesmo já postei um vídeo no meu canal onde faço experiências com um microfone da Tec-Toy comparado com um Shure SM57. O resultado me surpreendeu. Claro que o Shure foi superior, mas com um tratamente adequado e levando em consideração o preço do equipamento até o microfone da Tec-Toy pode encontrar aplicações no homestudio caseiro de baixo investimento.

Microfone cardióide
Microfone cardióide

Bom agora chega de falar e dá uma assistida no vídeo. Tire suas próprias conclusões.

 

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Você nunca viu uma web cam como essa

Tempos atrás estava com uma câmera filmadora antiga aqui em casa. Sabe aquelas bem grandonas lá da década de 80? Então decidi desmontá-la. Foi um processo interessante porque pude perceber como eles estavam já bem próximos de uma câmera de dimensões bem menores. Não à toa que anos mais tarde apareceram as chamadas handcams.

Vi que os grandes empecilhos estavam no tamanho da fita, no tamanho da bateria e das lentes. O restante já estava no caminho da miniaturização. Chegava até encontrar vários locais com espaço sobrando, sem ter placas ou nada. Acho bem bacana acompanhar toda essa evolução da indústria eletrônica.

Depois de desmontar, fiquei olhando aquela carcaça e pensei que podia fazer algo bem doido com ela. Então eu a remontei mas sem nada dentro no que diz respeito ao circuito original. Somente instalei uma web cam nela. Ficou show. Agora ela tem um visual antigo e saída USB. Basta ligar no computador e pronto!

Veja aí no vídeo o resultado dessa viagem.

 

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Você pode montar um pedal de overdrive agora- Dead Easy Dirt

É impossível imaginar um guitarrista sem um set de pedais. Afinal, eles são os responsáveis por dar toda a flexibilidade de mudança de timbres do instrumento. Os circuitos mais fáceis de fazer são os de distorção. Esse aqui é um deles. Muito simples em sua construção podendo ser montado até por iniciantes em eletrônica. Ele utiliza somente 1 componente ativo, que é um circuito integrado. O C.I. usado é o LM386n. Quando trabalhamos com circuitos integrados é importante observar que devemos utilizar um soquete para ele no circuito impresso. Isso evita o aquecimento do componente durante a soldagem, além do fato de facilitar a troca do mesmo em caso de queima.

Esse circuito conta com os dois diodos na saída que fazem a chamada clipagem do sinal. Outras sonoridades podem ser conseguidas com a troca desses diodos. Faça testes com LEDs, diodos germânio e de silício. Vale até misturar esses componentes nos testes.

LEDs
LEDs

Para os que não tem intimidade na construção do circuito impresso, a minha dica é utilizar uma placa universal perfurada. Você encontra em lojas de eletrônica em diferentes tamanhos e facilita bastante o trabalho. Mas é claro que antes de sair soldado tudo, faça testes na matriz de contatos ou protoborad. Afinal, é melhor ouvir o som dele antes de montar o mesmo de forma definitiva. Nesse vídeo eu fiz exatamente assim. Montei ele de forma experimental. Caso então você goste do som, faça a montagem definitiva e instale em uma caixinha.

É importante observar que a caixa de metal irá favorecer a uma blindagem e dessa forma evitar ruídos e roncos. Ligue o terminal negativo da alimentação na carcaça de metal dessa caixinha. Você também pode instalar nesse circuito uma chave DPDT. Aqui no meu canal no YouTube (e até aqui no meu site) você encontra vídeo que fiz sobre como realizar isso.
No mais é isso. Ligue a alimentação, plugue na guitarra e amp e bom som!

 

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Uma montagem fácil. O pedal de distorção Joe Easy Driver

Ah, os efeitos de distorção. Muitos dizem que foi o primeiro efeito de guitarra conseguido através da distorção natural que os amplificadores apresentavam em volumes altos. A partir daí surgiram vários circuitos cuja ideia é realizar esse mesmo efeito porém em qualquer volume. Os circuitos de distorção normalmente são mais simples se comparados com um reverb ou delay, por exemplo. Esse aqui é um bem simples, cuja montagem não requer grandes conhecimentos de eletrônica. Assim até os iniciantes podem montá-lo.

Aconselho montar em uma placa de circuito impresso. Se você não tiver experiência com a confecção de circuito impresso, pode utilizar uma placa universal já perfurada. Essa placa você compra pronta para o uso em lojas de eletrônica. O bom de se utilizar uma PCI é que a montagem fica bem compacta e dessa forma cabe nas menores caixinhas que você imaginar.
Mas antes de sair montando em definitivo, você pode montar em uma matriz de contatos e dessa forma testar e sentir o som. Caso lhe agrade aí sim você parte para uma montagem mais definitiva.

O circuito possui somente 1 componente ativo, um transistor. A alimentação é com 9 Volts e uns outros poucos componentes são necessários para concluir a montagem. Vale a pena também experimentar a troca dos diodos silício por germânio e ver o resultado. Quem sabe até instalar uma chave para realizar a comutação dos diodos a seu gosto para cada música.

No vídeo a seguir você pode conferir o som desse efeito de distorção.

 

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Imagine um passo a passo para montar um amplificador. Tá aqui.

Pouco mais de 10 anos atrás decidi fazer a construção de um pequeno amplificador híbrido, ou seja, válvula e circuito integrado. Para tornar a coisa mais voltada para qualquer iniciante, fiz o uso de baixas tensões no circuito. Assim sendo, deixo de utilizar tensões da ordem de cerca de 350 Volts que as válvulas normalmente utilizam para usar tensões mais baixas.

Decidi que iria fazer uma filmagem do passo a passo. Dando oportunidade de se montar, caso queira, somente a unidade que possui o circuito integrado, assim como separadamente a unidade de pré-amp que utiliza uma válvula EL95. Pois assim, caso você deseje, é possível montar a parte que utiliza o C.I. LM386n e já ligar a guitarra diferente nele com um resultado bem legal.

Amplificador caseiro valvulado híbrido de baixa tensão
Amplificador caseiro valvulado híbrido de baixa tensão

Devido a montagem extremamente detalhada foram gravados 23 vídeos. Isso mesmo! Eu filmei além da eletrônica, detalhes sobre a construção do gabinete em madeira assim como toda a parte de acabamento que foi dada após a montagem do gabinete.

Os vídeos abaixo estão na sequência da construção. Todo o conjunto é alimentado por pilhas. Fiz uso de 6 pilhas pequenas, dessa forma o amplificador ficou bem pequeno. Sempre que falamos de amplificadores precisamos dar uma atenção especial também ao alto-falante.

Aconselho você a fazer testes com diferentes falantes que possua em casa até encontrar o que melhor lhe agrada. É claro que você deve observar corretamente a impedância do alto-falante para evitar a queima do CI LM386n.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Você pode montar seu homestudio agora mesmo

Gravar em casa já é uma realidade há muitos anos. Porém alguns recursos são necessários para se fazer ao menos o básico dentro de casa.
É claro que não há necessidade de mesas enormes, a não ser que você deseje mixar nessa mesa.

Para começar é preciso considerar um bom microfone. Você deve levar em consideração que tipo de ambiente você reside. O ideal seria partir para os microfones condensadores, porém com eles você terá uma captação muito sensível e se você mora em locais barulhentos ou não tem um bom isolamento acústico isso será um grande problema.

Dessa forma, o mais aconselhável talvez fosse mesmo um microfone cardióide do tipo dinâmico. Com ele você vai conseguir gravar o violão, instrumentos de sopro, microfonar a guitarra e até cantar. Mas é claro que se você mora em um local silencioso pode partir para o microfone condensador.

Estúdio caseiro
Estúdio caseiro

Um outro ponto importante é a placa de som. De nada adianta ter um bom microfone e a placa deixar a desejar. No mercado existem boas placas e muitas com uma interface externa onde você já dispõe de entradas P10 e Canon para ligar o microfone. Dessa forma, você acaba por não necessitar de uma mesa de som entre o microfone e a placa.

Para mixar você vai precisar de monitores de som, as famosas caixas de som de estúdio. Nesse ponto estamos tratando de um equipamento realmente caro. Talvez você não esteja disposto a investir muito e uma saída poderia ser um bom fone. Mas veja que o ideal não seria isso. Mixar só com os fones pode gerar um resultado estranho quando você for ouvir nas caixas.

Você vai precisar de um software de gravação no seu computador. Nele você também poderá realizar a mixagem da música, além de inserir efeitos como reverb, por exemplo.

Para dar mais flexibilidade no uso do microfone um pedestal do tipo girafa é importante. Assim, você pode ajustar para cantar o gravar algum instrumento.

Isso seria o básico do básico. Mas com essa configuração você já conseguiria fazer seus registros musicais. É isso. Assiste o vídeo abaixo onde falo e mostro mais detalhes.

 

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Nunca mais vão te enrolar explicando sobre captador de guitarra

O captador magnético da guitarra em essência é bem simples de ser entendido. Você precisa somente de fio esmaltado e imã. Você entenderá a lógica para fazer um captador. O fio esmaltado deve ser bem fino, pois haverá necessidade de se fazer muitas espiras e se ele for espesso isso não será possível. Uma ressalva importante sobre o fio esmaltado é que como o próprio nome diz, ele tem um esmalte que o recobre. É um tipo de capa só que bem fina. Assim, para soldar seus terminais existe a necessidade de dar uma lixada e tirar o esmalte. Pois caso contrário você não conseguirá soldar e o circuito nunca funcionaria uma vez que não daria contato.

A quantidade de voltas varia muito, mas em guitarras fica entre 4000 e 8000. A espessura do fio se situa entre 32 AWG e algo entre 42 AWG.
A outra peça do quebra-cabeça é o imã. Esse imã deve ficar no centro da bobina. Esse é um desenho genérico de captador e funciona super bem para explicar seu funcionamento.

Aspecto interno de um simples captador - imã + bobina
Aspecto interno de um simples captador – imã + bobina

O imã gera um campo magnético. Ele está em repouso pois não há nada fazendo com que suas linhas de força sejam deflexionadas. A partir do momento em que existe uma perturbação na área ao redor, essa oscilação é captada pela bobina. Essa perturbação pode ser causada por cordas de aço, por exemplo.

Aqui vale uma ressalva. Não é possível fazer esse captador funcionar com cordas de nylon. Elas não conseguem gerar essa perturbação e induzir corrente pela bobina do captador. Por isso você só encontra esse tipo de captador de bobina em instrumentos de cordas de aço.

No vídeo abaixo eu falo muitos outros detalhes e mostro o captador em ação. Dá uma assistida aí.

 

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Calibragem fácil de miliamperímetro como medidor de tensão

Eu estava montando uma fonte variável para a minha bancada. Tinha também um miliamperímetro jogado num canto. Então pensei em utilizá-lo para conseguir identificar a tensão que estava vindo da fonte de alimentação. Esses instrumentos, como são assim chamados, são muito sensíveis e por isso você não pode ligar diretamente neles uma tensão de 1 Volt, por exemplo. É preciso fazer uma rede de resistores através de um divisor de tensão.

Aspecto do instrumento que fiz a calibração
Aspecto do instrumento que fiz a calibração

E foi o que fiz. Construí uma rede para dividir a tensão. Um dos resistores substituí por um potenciômetro. Dessa forma ficou fácil o ajuste. Para calibrar o instrumento peguei um multímetro e usei como base. Medi a fonte que usei como base. Digamos que ela deu 5 Volts.

A partir daí medi essa mesma fonte com o miliamperímetro e a rede de resistores. Então fui atuando no potenciômetro até ele marcar 5 Volts. Os ajustes mais precisos são feitos no centro do instrumento.
Para quem for fazer testes, comece por valores de resistores e potenciômetros bem elevados. Dessa forma, você evita que o seu miliamperímetro possa vir a queimar.

 

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Imagine montar um pedal valvulado com a 12AX7. Muito fácil.

Em 2008 achei que seria legal montar algum circuito que favorecesse os iniciantes a trabalharem com válvulas. Dessa forma, pensei que talvez um pedal de distorção trabalhando com baixa tensão fosse uma boa saída. Com o uso de uma válvula 12AX7 e poucos componentes adicionais, um circuito simples poderia ser montado.

Aspecto do circuito montado de forma experimental para ser mostrado em aula
Aspecto do circuito montado de forma experimental para ser mostrado em aula

Já produzi alguns vídeos sobre esse pedal. O primeiro é bem antigo e mostro o pedal em funcionamento. Dá pra ouvir o som do bicho. Em um outro vídeo anos depois eu publiquei fotos da etapa da construção desse pedal.

Para tornar mais fácil o acesso a esse conteúdo, eu disponibilizei um e-book de forma gratuita aqui no meu site. Nesse material inicio falando um pouco sobre todos os componentes que iremos usar na montagem. Falando sobre polaridade e funcionamento deles. Em seguida tratamos do circuito e das etapas de construção. O material é bem legal com várias fotos do processo de montagem.

Ainda não tem o e-book? Clica aqui do lado (nesse menu à direita) e faça seu download. Basta informar seu email. Fique tranquilo que não vou ficar te enchendo com spam.

 

 

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