Curso de eletrônica aplicada a música (áudio)

Há quase 20 anos atrás tive a ideia de montar um curso de eletrônica com foco em áudio. Voltado para músicos amadores e/ou profissionais que tivessem interesse em conhecer o funcionamento dos equipamentos eletrônicos e até mesmo como montá-los.

Alguns anos depois, em 2008, iniciei essa empreitada. O vídeo abaixo foi um dos primeiros publicados no canal. A qualidade de gravação é ruim em função da pouca qualidade disponível de forma barata naquela época. Isso sem contar que o vídeo foi gravado em um ambiente caseiro com pouca luz. Aluguei uma salinha, montei algumas turmas e o curso foi adiante. Ainda continuo ministrando aulas e produzindo vídeos para o YouTube. Mesmo trabalhando muito focado em um nicho estamos crescendo.

Comecei a escrever um livro sobre o tema. Sem data ainda para publicação.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Imagine montar um painel de instrumentos para a bancada

Para realizar os trabalhos na bancada de eletricidade e eletrônica, instrumentos são necessários. Alguns deles você precisa obrigatoriamente comprar, como multímetros. Porém outros você pode até construir, caso assim deseje. Sempre que é possível eu realizo a montagem deles. Tenho fontes, injetor, amplificador de testes, só para citar alguns.

No vídeo abaixo eu mostro vários detalhes de um painel com instrumentos que construí. Esse painel é móvel, ou seja, posso levar esses equipamentos para outros locais que deseje. Isso pode ser um aspecto interessante caso você faça reparações e trabalhos em vários locais.

Painel de instrumentos para bancada eletrônica
Painel de instrumentos para bancada eletrônica

No meu caso ele está instalado em uma caixa, tipo caixa de ferramentas. Eu tenho uma caixa que é utilizada no aeromodelismo, conhecida como caixa de campo. Nela você tem ferramentas e tudo o que for preciso para fazer manutenções nos aviões antes e durante o voo. A ideia é parecida com a de um profissional que faça manutenções em residências e várias empresas. Ou seja, ter sempre a mão todo o material e equipamentos que precisa para realizar o trabalho.

É isso. Dá uma assistida no vídeo e veja as funções que disponibilizei nessa maleta.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Agora você também vai poder usar a pasta de solda

Atualmente a pasta de solda está meio esquecida. Antigamente era parte fundamental de uma boa soldagem. Ela é uma boa forma de fazer a solda pegar bem em um componente. Porém as soldas evoluíram e atualmente conseguimos soldar bem se uso de pasta de solda. Porém você pode precisar realizar uma soldagem mais precisa, ou até a superfície não estar ajudando na soldagem. Então você lança mão do uso da pasta de solda. A ideia é pegar um pouquinho dessa pasta e passar na superfície a ser soldada. Então venha com o ferro e a solda para realizar a soldagem final.

É importante dizer que existem pastas de solda mais voltadas para circuitos impressos. Deixa eu explicar melhor. Algumas pastas conduzem eletricidade. Então se você pegar um circuito impresso e espalhar essa pasta antes de soldar, poderá gerar um curto entre alguns
terminais. Então no caso de soldagem em circuito impresso para usar pasta de solda você deve procurar uma que não conduza eletricidade.
Agora porém se você for soldar um potenciômetro (fora da placa), fios e outras coisas para de uma PCI, pode usar qualquer tipo de pasta de solda.

Pasta de solda facilmente encontrada no mercado
Pasta de solda facilmente encontrada no mercado

Obs: Aqui vale lembrar que toda superfície a ser soldada precisa ser limpa e brilhante. Se tiver impurezas não há pasta de solda que resolva.
Nesse vídeo eu mostro como realizar esse processo. Assim sendo, a pasta de solda embora esquecida ainda tem seu papel e é sempre bom termos isso em mente.

 

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Você também pode montar seus instrumentos de bacada

Não basta ter uma bancada de madeira e ferro de soldar. Com o passar dos trabalhos na área da eletrônica vamos vendo que outros instrumentos (equipamentos) são necessários. O ideal é ter eles sempre perto do local onde você trabalha. Vários deles são passíveis de serem construídos por você mesmo, por exemplo: injetor de sinais, fonte variável, amplificador de testes (seguidor de sinais). Isso para citar somente alguns, digamos os mais comuns.

A minha proposta foi então criar um painel ao lado da minha bancada onde eu pudesse instalar esses instrumentos e assim ter tudo a mão.

No vídeo que você encontra mais abaixo eu falo dos instrumentos que montei na minha bancada. A partir desse vídeo fiz vários outros bem específicos sobre cada um dos equipamentos que montei. Então no meu canal do YouTube você encontra esses vídeos mais detalhados.
Nesse painel montei os seguintes equipamentos:
– Fonte variável
– Testador de continuidade
– Injetor de sinais
– Amplificador de testes ou seguidor de sinais

Visual de parte do painel de instrumentos bancada
Visual de parte do painel de instrumentos bancada

A fonte variável possui mostrador digital da tensão. O testador de continuidade possui LED e buzzer. O amplificador de bancada está ligado a um falante também na bancada. Enfim. Esses são só alguns dos detalhes do projeto. Assista aí o vídeo que verá mais.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Você não vai acreditar em tudo que tem nessa guitarra

Uma das coisas que já queria fazer era instalar um captador de piezo na minha guitarra. A proposta era ter um som um pouco mais acústico com o uso dele. É claro que não é a mesma coisa que captar o som de um violão. Afinal, no violão o tampo é muito menos rígido que o corpo de uma guitarra.

Além dessa captação aproveitei e instalei um amplificador de fone dentro da guitarra. Agora basta plugar o seu fone no plugue que existe no corpo da guitarra e tocar.

Repaginando minha guitarra
Repaginando minha guitarra

Coloquei uma chave para ligar e desligar esse circuito. A mesma também aciona um LED para indicar que o amplificador está ligado.
Instalei uma chave para poder comutar entre a captação por piezo e a tradicional dos captadores. Um LED indica qual a captação está ligada.
Por fim ainda colei adesivos na guitarra com umas bolinhas, no melhor estilo da guitarra de Buddy Guy.

No vídeo dá para assistir a todos esses detalhes. Qualquer dúvida, é só perguntar.

 

 

Vídeo em inglês.

 

Meu nome é Alex Baroni. Sou músico e professor do curso de eletrônica para áudio – Curso Baroni.

Você pode ter um tweeter fácil e barato na sua caixa

Uma boa parte das pessoas já viram o famoso cristal de piezo funcionando captado sons. Pois bem. Saiba que é possível também utilizá-lo como um alto-falante. Na verdade ele é usado como um falante de agudos. Pois sua construção de baseia em princípios capacitivos e dessa forma ele naturalmente não permite a passagem de sons graves.

Eu gravei uma série de três vídeos onde falo de vários detalhes do piezo desempenhando esse papel. Podemos ver que nesse caso não há necessidade de um capacitor para bloqueio e é importante observar também a polaridade na hora da instalação. Afinal, o piezo é um componente polarizado.

É possível fazer a ligação em série ou paralelo com outros alto-falantes. Uma coisa interessante nas ligações é que não há praticamente nenhuma mudança na impedância total com o uso do piezo.

Existem piezos de várias dimensões. Os maiores irão dar mais resultado na atuação como um tweeter. Aconselho a se montar uma espécie de cone sobre o piezo. Dessa forma você irá aumentar a dispersão do áudio através de uma maior área de contato com o ar.

Tweeter piezo industrializado
Tweeter piezo industrializado

Enfim, tem muitos detalhes e acho que fica mais fácil se você assistir os vídeos abaixo. Se tiver dúvidas, escreve aí.

 

 

 

 

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Agora mesmo você pode montar um simples captador de violão

O captador de contato é muito útil e super simples de ser construído. Ele funciona super bem na captação de áudio de instrumentos acústicos, como por exemplo, violão, cavaco (cavaquinho) e violino.

Ele é baseado no uso de uma cápsula de piezo e também é conhecido como microfone de contato. Dentro dela existe um cristal, daí o nome corriqueiro como o qual também é conhecido. Esse cristal ao sofrer deformações gera uma tensão em seus terminais. Essa deformação pode ser realizada através de pressão dos dedos ou algo mais sutil como as ondas sonoras geradas no tampo de um violão. Devido a sua extrema sensibilidade ele até te permite transformar qualquer coisa em um instrumento musical percussivo, por exemplo.

Captador de contato violão/cavaco
Captador de contato violão/cavaco

Como essa tensão corresponde exatamente ao som que fez com que isso ocorresse, se inserirmos os dois fios que saem do cristal em um amplificador de áudio, teremos o som do violão amplificado.

O cristal de piezo é bem sensível. Após conectado ao amplificador se você passar os dedos sobre ele irá ouvir o som no amp. Você pode encontrar o cristal de piezo em lojas de eletrônica. É possível encontrar o piezo em diferentes tamanhos. Quanto maior o tamanho dele maior a área e maior o cristal, então mais sensibilidade ele terá. Porém já fiz testes em instrumentos até mesmo com pequenos piezos e todos funcionam super bem.

Aconselho você também a realizar testes de acordo com a sua aplicação. Uma dica importante é usar na montagem definitiva um cabo blindado para ligar o piezo até o amplificador. Dessa forma você evita que sejam captados roncos oriundos da rede elétrica, o vulgo 60Hz.

Nesse meu vídeo abaixo, falo mais detalhes sobre o piezo e mostro em funcionamento. Dá uma assistida e qualquer coisa me escreve.

 

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Imagine ligar uma lâmpada de CA em CC – será possível?

Alguns dispositivos podem funcionar tanto em CA (corrente alternada) quanto em CC (corrente contínua). Esses aparelhos que suportam esse tipo de coisa são lâmpadas e equipamentos que funcionem com resistências como ferro de soldar, por exemplo. Equipamentos eletrônicos não suportam isso, hora funcionar com um tipo de corrente e hora outro, sem alterar nada no circuito.

O fato das lâmpadas serem capazes de funcionar da mesma forma em CC ou CA, levanta uma questão muito discutida sobre a ligação dos filamentos das válvulas. É bem verdade que elas podem sim funcionar com corrente alternada ou contínua. Aí surge uma discussão sobre que tipo de corrente usar. Alguns dizem que os amplificadores de antigamente eram alimentados com CA e por isso deve ser usar ela.

Válvulas termiônicas
Válvulas termiônicas

Outros são a favor de filtrar já que dessa forma pode-se reduzir os possíveis roncos no aparelho pela utilização da CA. Enfim, eu não quero colocar lenha na fogueira nesse assunto, só quero mostrar que é possível.

No vídeo que filmei e vocês podem ver logo a seguir, liguei uma lâmpada dicróica em uma bateria de 12 Volts. Veja que essa lâmpada funciona ligada ao secundário de um transformador sem nenhum tipo de retificação, ou seja, corrente alternada (CA). E nas baterias está presente a corrente contínua (CC). Quaisquer comentários, postem lá no YouTube.

 

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Você pode montar uma fonte de alimentação para amplificadores

Amplificadores de potências pequenas podem ser facilmente alimentados com pilhas ou baterias. O problema é que 1 das 2 razões por vezes surge. Você não quer gastar dinheiro com pilhas e baterias ou o consumo de corrente do circuito é tão grande que leva você a necessitar de uma outra fonte de alimentação.

É aí que entram as fontes ou como popularmente alguns chamam, eliminadores de pilhas. Uma fonte linear pode ser facilmente construída com o uso de um transformador, diodos e capacitores. A capacidade de fornecimento de corrente dessa fonte está diretamente ligada a capacidade de fornecimento do transformador utilizado. Dessa forma, se você usar um trafo (nome carinhoso para o transformador) que tenha capacidade de 1A no seu secundário, toda a fonte está limitada a só conseguir alimentar dispositivos que consumam até esse valor nominal. É claro que o ideal é não trabalhar no limite e sim dar uma folga. Assim não há sobrecarga e possibilidades de queima.

Diodo de silício de alta capacidade de corrente
Diodo de silício de alta capacidade de corrente

Como o circuito no qual vamos usar a fonte é um amplificador, devemos ter todo o cuidado com os capacitores eletrolíticos que vamos escolher. Eles devem ter uma capacitância elevada, pois dessa forma conseguem eliminar os ripples oriundos da rede elétrica. É importante observar que capacitores eletrolíticos são polarizados e por isso devemos ter cuidado na hora do seu uso para evitar a queima do componente.

Observe também a tensão de trabalho deles, pois ela precisa ser superior a tensão gerada no secundário pelo transformador. Ah, e não só ser superior, mas maior a ponto de trabalhar com folga. Ou seja, não use um capacitor com tensão de trabalho de 16 Volts em uma fonte onde o secundário tem 15 Volts, por exemplo.

Nesse vídeo falo de mais detalhes sobre as fontes de alimentação lineares. Dá uma assistida.

 

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Simples e fácil fonte simétrica para amplificadores de áudio

Alguns circuitos de amplificadores necessitam de uma fonte diferenciada chamada de simétrica. Ela tem esse nome, pois ao contrário das outras fontes que possuem um terminal positivo e outro negativo (ou terra), as simétricas possuem – +, – e terra.

A construção é simples e pode ser feita com o auxílio de 4 diodos retificadores. Pode-se também utilizar um ponte retificadora de diodos no lugar dos componentes isolados.

Ponte retificador de diodos
Ponte retificador de diodos

O transformador precisa necessariamente ter uma tomada central, pois caso contrário não será possível montar uma fonte simétrica. Então, transformadores de 3 fios no secundário, ok?

Como toda fonte precisamos de bons capacitores eletrolíticos. Eles eliminam os chamados ripples ou ondulações da onda senoidal. No caso do uso da fonte para circuitos de áudio isso é essencial, pois caso contrário roncos seriam ouvidos junto com o áudio. Capacitores de valores elevados no tocante à capacitância favorecem a uma boa filtragem.

Também é necessário observar com cuidado a tensão de trabalho dos capacitores que serão utilizados. Essa tensão deve ser superior a tensão que o transformador irá gerar no secundário. Importante haver uma folga nessa tensão para que o componente não trabalhe no limite. Falando de capacitores eletrolíticos, é sempre bom lembrar que são componentes polarizados. Dessa forma, você deve observar corretamente a ligação deles. Caso haja inversão dos terminais o componente poderá ficar inutilizado ou até explodir.

No vídeo abaixo você pode ver mais detalhes sobre esse tipo de fonte assim como as suas medições através do uso do multímetro digital.

 

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